segunda-feira, 27 de abril de 2009

Análise de Inquéritos sobre a Sexualidade

Foram facultados 55 inquéritos acerca do Desporto e da Alimentação. Após a sua realização foram elaboradas e concluídas as seguintes análises:

  • Aos 13 anos de idade, 67% dos indivíduos do sexo feminino praticam desporto, enquanto nos indivíduos do sexo masculino 100% já praticam. Relativamente ao desporto mais praticado, o primeiro é o futebol com 46% e o segundo a natação com 23%. Os motivos para não praticarem desporto são 50% por falta de tempo e 50% por não gostarem. Em relação á fast-food, uma porção significante de indivíduos alimenta-se de fast-food, e apenas recorrem devido á satisfação ou á rapidez. Destes indivíduos 73% não mudaria a sua alimentação.
  • Aos 14 anos de idade, apenas 25% dos indivíduos do sexo feminino praticam desporto, enquanto nos indivíduos do sexo masculino 75% já praticam. Relativamente ao desporto mais praticado notou-se uma grande variedade de opções. Os motivos por não praticarem desporto são 50% por falta de tempo e 50% por não gostarem. Em relação á fast-food, uma porção significante de indivíduos alimenta-se pouco de fast-food, e apenas recorrem devido á satisfação ou á rapidez. Destes indivíduos 88% não mudaria a sua alimentação.
  • Aos 15 anos de idade, 50% dos indivíduos do sexo feminino praticam desporto, enquanto nos indivíduos do sexo masculino 0% pratica. Relativamente ao desporto mais praticado, o único é a natação. Os motivos para não praticarem desporto são 100% por falta de tempo. Em relação á fast-food, uma porção significante de indivíduos alimenta-se pouco de fast-food, e apenas recorrem devido aos preços mais económicos. Destes indivíduos 67% não mudaria a sua alimentação.
  • Aos 16 anos de idade, 75% dos indivíduos do sexo feminino praticam desporto, enquanto nos indivíduos do sexo masculino praticam 60%. Relativamente ao desporto mais praticado é a ginástica. Os motivos por não praticarem desporto são 67% por não gostarem e 33% por falta de tempo. Em relação á fast-food, uma porção significante de indivíduos alimenta-se pouco de fast-food, e apenas recorrem devido á satisfação ou á rapidez. Destes indivíduos 56% não mudaria a sua alimentação.
  • Aos 17 anos de idade, 73% dos indivíduos do sexo feminino praticam desporto, e nos indivíduos do sexo masculino 83% praticam. Relativamente ao desporto mais praticado é o ginásio e o futebol. Os motivos para não praticarem desporto são 75% por falta de tempo e 25% por não gostarem. Em relação á fast-food, uma porção significante de indivíduos raramente se alimenta de fast-food, e apenas recorrem devido á rapidez. Destes indivíduos 71% não mudaria a sua alimentação.
  • Aos 18 anos de idade, 100% dos indivíduos do sexo feminino praticam desporto, enquanto nos indivíduos do sexo masculino praticam 50%. Relativamente ao desporto mais praticado é a natação e o ginásio. Os motivos para não praticarem desporto são 100% por não gostarem. Em relação á fast-food, 50 % alimentam-se muitas vezes e os outros 50% poucas vezes, e recorrem devido á satisfação ou ao preço. Destes indivíduos 33% não mudaria a sua alimentação.

Notas: Foram abordados os aspectos mais significativos deste inquérito.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Analise do 2º inquerito

Sexualidade

Foram facultados 79 inquéritos acerca sexualidade nos adolescentes. Após a sua realização foram elaboradas e concluídas as seguintes análises:

Aos 14 anos de idade, os indivíduos do sexo feminino não iniciaram a vida sexual, enquanto que nos indivíduos do sexo masculino, 25% já iniciou. Relativamente ao melhor método contraceptivo, 50% dos indivíduos defende o preservativo e a outra metade defende a pílula. Lamentavelmente, uma porção significante de indivíduos, afirma que a Leucemia é uma DST, o que não é verdade. Os restantes indivíduos conhecem a Hepatite, Herpes e VIH.

Aos 15 anos de idade, os indivíduos do sexo feminino não iniciaram a sua vida sexual (tal como aos 14 anos), enquanto que nos indivíduos do sexo masculino, 50% já iniciou. Relativamente ao melhor método contraceptivo, todos os indivíduos concordaram que o preservativo é o mais eficaz. A Hepatite, Herpes e VIH são DST’s conhecidas por todos os indivíduos, excepto e lamentavelmente, 25% conhece a Leucemia como uma DST.

Aos 16 anos de idade, todos os indivíduos do sexo feminino e masculino iniciaram a vida sexual. Todos frisaram que foram bem informados acerca da sexualidade. Tal como os indivíduos de 15 anos, o preservativo é o método contraceptivo mais eficaz. Felizmente nenhum individuo reconheceu a Leucemia como uma DST, mas sim a Hepatite, Herpes e VIH.

Aos 17 anos de idade, 50% dos indivíduos do sexo feminino ainda não iniciaram a sua vida sexual, enquanto que 75% do sexo masculino já iniciaram. São percentagens, cuja diferença, relativamente ás dos indivíduos de 16 anos, consideradas significativas, pois o número de inqueridos com 17 anos de idade também é muito superior. Todos os indivíduos estavam bem informados antes de iniciar a vida sexual, e sem sombra de dúvidas, o preservativo é o método contraceptivo mais eficaz. A pílula também tem a sua importância, mas não se compara ao famoso preservativo. Agora ocorre uma controversa que não tem cabimento, mas que não podemos culpar ninguém, e sim ajudar a compreender o porquê das coisas serem como são… Cerca de 10% dos indivíduos reconhece que a Leucemia é uma doença sexualmente transmissível. Os restantes indivíduos reconhecem a Hepatite, VIH e Herpes.

Aos 18 anos de idade,
e pela primeira vez em toda a análise, os indivíduos do sexo feminino iniciaram a vida sexual, enquanto que 65% do sexo masculino não. Todos os indivíduos que iniciaram a vida sexual estavam bem informados acerca dos métodos contraceptivos e quaisquer outro tipo de questões sexuais. Tal como em todos os indivíduos, de diferentes idades, o preservativo domina como método contraceptivo, seguindo-lhe em segundo lugar, por assim dizer, a pílula. Ainda assim, 5% dos indivíduos pensa que a Leucemia é sexualmente transmissível. Os restantes 95% reconhecem a Hepatite, VIH e Herpes como principais DST’s.


Todos os indivíduos afirmam estar bem informados acerca da sexualidade.


Mas então porque dizem que a Leucemia é DST? Será que estão bem informados? Ou será que a fonte de onde provem tal informação está incorrecta?

Como é possível verificar, o início da sexualidade não escolhe idades. É indispensável manter a calma, estar bem informado, pensar no que se está a fazer, entre outros.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Já pensas-te no mal que as tuas atitudes causam a tua saúde?

Consumo de álcool e drogas

Durante o 2º período realizamos vários inquéritos aos nossos colegas, entre eles o acima referido. Sobre este, distríbuimos um número superior de inquéritos, 151. Fizemo-lo por acharmos que já não existem limites de idade para o consumo de álcool, e para podermos explicar melhor o problema. Tendo em conta que o consumo de drogas é menos frequente que o de álcool nestas idades.
Hoje em dia é dada uma maior liberdade aos adolescentes, e a verdade é que a maioria deles embora aparente maturidade ainda é demasiado imaturo para distinguir o certo do errado.

Dos inquéritos que realizamos aos adolescentes com 14 anos de idade, podemos concluír que em 24 inqueridos, 15 já consumiram álcool. Afirmando na sua maioria que não agiram por influência de outrem, somente queriam exprimentar. Nalguns casos o inquerido respondeu que era mais frequente beber em festas e noutros que bebia apenas para se sentir feliz. O que nos chamou a atenção foi o facto de dois inqueridos responderem que a primeira vez que consumiram álcool, mesmo que em pouquissima quantidade, foi aos 8 anos. O que nos leva a questionar a responsabilidade dos pais nestas idades, pois mesmo com 14 anos o adolescente ainda é uma criança.

Cerveja; Vinho; Porto; Whisky; Vodka; Aguardente

Aos inquéritos realizados a 26 indíviduos com 15 anos, 20 responderam que já consumiram álcool. Tendo em conta que muitos deles exprimentaram em idades posteriores a apresentada.Destes 20 inqueridos, 9 afirmam que o fizeram por influência de amigos ou familiares, e 11 que não foram influênciados. No que diz respeito a frequência com que bebem e o que bebem, as respostas mais escolhidas foram “mensalmente” e “shots”, respectivamente. A curiosidade de exprimentar, nasce aos 15 anos, mesmo que em números reduzidos. Ouve-se falar do fruto proíbido e quer-se quebrar essa barreira. Três dos inqueridos responderam que já exprimentaram droga, um deles Ecstasy e os outros dois Tabaco.

Aos 16 anos de idade, o menos frequente é ainda não se ter exprimentado álcool, pois de 26 inqueridos apenas 1 afirma não o ter feito. As respostas em comparação a idade anterior variam no que diz respeito aquilo que bebem, pois nesta idade o mais frequente é beberem cerveja ou bebidas brancas. Contudo, o consumo de drogas é ainda mais frequente, pois 10 dos inqueridos afirmaram já o ter feito, e 7 desses tê-lo feito por curiosidade. Apenas 1 destes 10 inqueridos afirma ter fumado tabaco. Os outros 9 afirmam ter consumido outros tipos de droga, entre elas, o Pólen e Erva. O que é importante revelar e pensar é que 7 daqueles que consumiram gostaram, 3 fizeram-no por fazer e 1 refugiou-se para esquecer os problemas.

O que pensas das três respostas acima para o motivo pelo qual os inqueridos consumiram droga?

Dos inquéritos realizados aos adolescentes com 17 anos de idade, 60 inqueridos de 62 afirmaram já ter consumido álcool, e 18 deles droga. Num caso ou noutro os inqueridos afirmaram tê-lo feito por curiosidade, não sofrendo qualquer influência por parte de outrem. Porém, relativamente ao consumo de álcool, a resposta mais frequente para a pergunta “O que é que bebes?” foi “bebidas brancas” e a frequência com que bebem é mensalmente. Relativamente ao consumo de droga, apenas 2 dos 18 inqueridos deram a conhecer o que tinham exprimentado, tabaco, os outros não especificaram, disseram apenas que consumiram porque gostam, ou porque aquilo que consomem não vícia.

Por fim, dos 13 inquéritos realizados a indíviduos com 18 anos, é de fácil percepção que todos já consumiram álcool, contudo apenas 4 consumiram drogas, mais especificamente ganza ou tabaco. As bebidas que se consomem não variam muito de idade para idade, tal como os motivos pelos quais se consomem.

Podemos concluir que dos 151 inquéritos realizados aos nossos colegas, 133 responderam que já consumiram álcool, e 30 que consumiram droga, uma porção menor, mas significativa. A idade mais problemática foi a dos 17 anos, pois foi raro o inquerido que não respondeu não ter consumido álcool, ou qualquer tipo de droga.


Como acham que podemos melhorar a situação e mostrar aos jovens o caminho certo a seguir?



quarta-feira, 18 de março de 2009

Mudanças Físicas e Psicológicas

O ser humano: Infância, Adolescência e Fase Adulta.

A primeira fase (Infância) – O ser humano, denomina-se recém-nascido do nascimento até um mês de idade; bebé, entre o segundo e o décimo-oitavo mês; criança, dos dezoito meses até doze anos de idade. Nesta fase o ser humano é mais egocêntrico, pensa mais no seu bem-estar e não consegue dar valor ao que fazem por ele. De início usa como “arma” o choro, começa por fazer birras e com o desenvolver da sua educação e contacto autónomo com as pessoas à sua volta passa à fase seguinte.


A segunda fase (Adolescência) – É a fase onde se dá a maior e mais notável mudança física, a puberdade; nos meninos a voz fica mais grossa, o corpo mais largo, dá-se o crescimento dos pêlos púbicos e nas axilas e o desenvolvimento dos membros, nas meninas, as ancas alargam, aparece o período, dá-se o crescimento dos pêlos púbicos e desenvolvem-se os peitos. É uma altura onde se enfrenta grandes dúvidas e confrontos emocionais, descobre-se sentimentos mais profundamente que o normal e com o tempo aprende-se a enfrentar as situações de uma forma mais madura. Durante toda esta transformação os adolescentes aprendem a preocupar-se mais com as pessoas que os rodeiam e tendem a ajudar, no fundo acabam por se tornar mais sensíveis e realistas.


A terceira fase (Fase Adulta) – É quase a fase final da transformação humana. Dão-se acontecimentos importantes como relações sérias, o primeiro emprego, o casamento, ter filhos, etc. Atinge-se, no geral, um grau de maturidade elevado em que se tem capacidade para uma resolução de problemas mais eficaz e portanto atinge-se a felicidade de uma forma mais facilitada e saudável.



Por isso não te assustes com as tuas mudanças, é normal!

sábado, 14 de março de 2009

Importância da Actividade Física

Hoje em dia o estilo de vida é cada vez mais sedentário, aliado ao uso cada vez maior da tecnologia na vida quotidiana, as pessoas tem vindo a tornar-se cada vez mais inactivas.
A actividade física é um factor fundamental nas nossas vidas, tanto pela promoção da saúde como a nível pessoal. Deve ser practicado desde bebés com pequenas actividades. Mas pode ser iniciado em qualquer idade.

Benefícios da Actividade Física

1. Reduz o risco de morte prematura.
2. Reduz o risco de morte por doença cardíaca.
3. Reduz o risco do desenvolvimento de diabetes.
4. Reduz o risco do desenvolvimento de hipertensão arterial.
5. Ajuda na redução do nível de hipertensão nas pessoas que já a possuem.
6. Reduz sentimentos de depressão e ansiedade.
7. Ajuda o controlo de peso.
8. Ajuda a construir e manter saudáveis ossos, músculos e articulações.
9. Ajuda os idosos a tornarem-se mais fortes e mais aptos a se locomover sem cair.
10. Promove bem-estar psicológico.


Que efeitos podemos obter da actividade física regular?

1. Ajuda a pessoa a ser mais produtiva no trabalho.
2. Aumenta a capacidade para trabalhos físicos.
3. Aumenta a força muscular.
4. Ajuda o coração e pulmões a trabalharem de forma mais eficaz.
5. Fortalece os músculos.
6. Traz maior flexibilidade.
7. Proporciona mais energia.
8. Ajuda na diminuição do stress.
9. Melhora a auto-imagem.
10. Aumenta a resistência à fadiga.
11. Ajuda a relaxar e a sentir menos tensão.
12. Melhora a capacidade de conciliar o sono rapidamente e de dormir bem.


Os que não encontram tempo para o exercício terão de encontrar tempo para as doenças.” Edward Derby

sexta-feira, 6 de março de 2009

Bulimia e anorexia

Quando ouvimos falar nestas doenças rapidamente as associamos às mulheres, por serem extremamente preocupadas com a aparência e fazerem qualquer coisa para se manterem em forma. Porém, esse pensamento não é correcto, pois a preocupação com o corpo não é extremamente feminina, hoje em dia também os homens dão bastante importância a sua imagem, não hesitando quanto a adopção de medidas radicais, como vomitar (bulimia) para não engordarem. As pessoas sentem-se culpadas por comerem e por isso tendem a vomitar tudo aquilo que comeram. Há até quem tome diuréticos, com o fim de evitar que a comida fique no organismo.

Os psicólogos afirmam que os jovens acham que ao vomitarem a comida não penetra no organismo e como vão emagrecendo continuam com esta prática. Por outro lado, a nutricionista Vera Siqueira, explica que ao vomitarmos estamos a eliminar quase todos nutrientes do organismo e aqueles que ficam não são suficientes para quando absorvidos manterem o bom funcionamento do nosso corpo.
A grande diferença entre a anorexia e bulimia nos homens, é que eles emagrecem menos.

Na anorexia, as pessoas tendem a deixar de comer, ou a fazerem dietas absurdas por acharem que estão acima do peso, quando na verdade estão extremamente magras.
Segundo a psicóloga Olga Tessari, esta doença surge após várias dietas. Em alguns casos, o adolescente pode estar exageradamente magro mas acha que o pouco de barriga que tem é gordura.


Os especialistas defendem que ambas as doenças resultam de pressões sociais para se ter um corpo perfeito, aquele que é ideal nos padrões sociais. Muitas vezes essas doenças estão relacionadas com a necessidade de sermos aceites. A própria influência da televisão está relacionada, pois grande parte dos jovens acreditam que para serem felizes tem que ter o corpo de um actor, modelo, de alguém famoso!

Por fim, o que usualmente os pais e os filhos desconhecem ou ignoram é as consequências destas dietas loucas. Por um lado, a bulimia reduz a quantidade de potássio do organismo essencial para o bom funcionamento do coração e por outro, a extrema magreza (anorexia), é a porta aberta para problemas circulatórios.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Vícios e Dependências


O vício não é um mecanismo único e básico, que possa ser explicado e rotulado de maneira simples. Ao contrário, existe toda uma série de componentes que interfere, influenciando o comportamento de uma pessoa, até que a mesma alcance o vício.
A própria natureza concedeu, a todos nós, o desejo de querer repetir uma experiência, se ela foi agradável. Precisamos dessa capacidade para comer, beber, fazer sexo, para assegurar nossa sobrevivência e manter a espécie.
Quando falamos em vício e dependência, estamo-nos a referir a um comportamento repetitivo e destrutivo, relacionado ao abuso de substâncias ou de actividades, levando a terríveis consequências físicas e sociais. As explicações para esse comportamento são as mais diversas.


Muitos vão dizer que é uma fraqueza de carácter de pessoas que não são capazes de assumir responsabilidades e que são auto-destrutivas. Outros vão dizer que é falta de autocontrolo e sinal de ignorância. Muitos psicólogos e psiquiatras as tratam como tendências e traços de personalidades de pessoas que seriam viciáveis. Os estudiosos da linha fisiológica dizem que se trata de um problema genético-heraditário, enquanto os da linha mais social afirmam ser uma situação culturalmente determinada.
No entanto, a teoria mais amplamente aceite é a de que os vícios são doenças. Popularizada pelos Alcoólicos Anónimos, esta teoria trata o vício como algo anormal e irreversível, contra o qual a total abstinência para o resto da vida seria o único tratamento.
Este modelo de explicação é facilmente assimilável, porque agrada a muita gente.





Os alcoólicos, porque se vêm como doentes, como vítimas que precisam de tratamento. Os não alcoólicos, porque acham que não precisam de se preocupar, já que não são portadores da doença. E os médicos, porque ganham pacientes.
A indústria de bebidas é a que mais valoriza essa ideia, uma vez que o problema não estaria no álcool, mas na pessoa.
Isto é uma absurda distorção, pois o álcool é uma droga perigosa que pode levar à morte.
A verdade é que vícios precisam ser estudados levando-se em conta não só o indivíduo, mas também o meio em que ele vive e qual a substância ou actividade envolvida na dependência.

Todos temos comportamentos viciantes e dependências, mas a maneira como isso é vivido pode levar à necessidade de tratamento, ou não. Existem maus hábitos, compulsões e até fissuras, com mecanismo cerebral idêntico ao de vícios como, por exemplo, o da heroína e cocaína: vício por comer chocolate; por navegar na Internet; por corrida de carros; ou o de lavar as mãos constantemente ou até mesmo o de brincar com vídeo jogos. Mas, se observarmos do ponto de vista comportamental e mesmo fisiológico, as consequências trazidas por esses vícios nem se aproximam daquelas provocadas pelas drogas pesadas, que levam à delinquência e à autodestruição.


As Pistas

Existem características que nos ajudam a diagnosticar comportamentos e situações que denunciam os vícios como perigosos e determinam a pessoa dependente: A substância ou a actividade inicial causa muita sensação de prazer. O corpo desenvolve uma tolerância física pela substância ou actividade, de tal maneira que a pessoa passa a necessitar de maiores quantidades, para obter o mesmo efeito. Independente da tolerância física, o vício envolve uma dependência psicológica, associada ao desejo e fissura, que causa um tremendo desconforto.

O vício provoca alterações cerebrais, fisiológicas, químicas, anatómicas e comportamentais. Requer uma experiência inicial com a substância ou actividade. Sendo o primeiro contacto a iniciação, que pode levar ou não à dependência, mas que, quando acontece, vai proporcionar ao cérebro e ao corpo os efeitos que vão fazer com que a pessoa queira repetir a experiência. O vício provoca distúrbios na conduta, tempo e energia, afasta a pessoa do convívio social amplo, levando-a a um pensamento obsessivo na droga ou no acto. A sensação de alívio provocada pelo vício é tão forte, para o dependente, que isso explica porque é tão fácil parar e recair seguidas vezes. O desconforto terrível provocado pela retirada é ainda menor que o prazer do recomeço.

Traços Comuns:


Os dependentes também evidenciam características comuns:


· São vulneráveis e susceptíveis ao contacto com a substância ou actividade que vai levá-los à dependência;
· Tendem a gostar do risco, de sensações fortes e pensam que jamais vão se tornar dependentes da droga que experimentaram;
· Têm preferência por uma droga ou actividade em particular e desenvolvem sua própria maneira de utilizá-la;
· Demonstram dificuldade com o autocontrolo e em lidar consigo mesmo;
· Não suportam bem as situações de stress e não são bons colaboradores, no grupo;
· Tendem a não reconhecer as dificuldades para tomar decisões quanto às suas vidas;
· Parecem suportar muito mais as altas quantidades de drogas;
· Alcoólicos, por exemplo, são capazes de beber altas doses, antes de começar a sentir os efeitos do álcool.